Inicialmente foi feita uma pesquisa acerca da época do futurismo, onde aprendemos que são aplicadas várias técnicas que caracterizam esta época da arte (sobreposição de elementos para dar a sensação de movimento e dinâmica às obras de arte, cores contrastantes...).
O primeiro desafio foi, através de uma obra escolhida de um autor que nos chama-se a atenção ("Street Light" de Giacomo Balla) fazer uma "recreação" mas com a presença de um objeto escolhido por nós.
Disto resultou um trabalho, em que a partir do meu objeto decidi "ver" um ÁTOMO e o seu movimento, visto que é uma coisa tão presente em TUDO o que existe.
O ÁTOMO como representação de todo o nosso dia a dia e de toda a dinâmica das nossas vidas (paradigma muito utilizado por autores futuristas)
original de Giacomo Balla |
Numa segunda fase, foi nos proposto fazer uma outra pesquisa sobre a Arte Contemporânea e sobre um suposto paradigma acerca desta mesma arte.
Consegui concluir então, que a arte comtemporânea está muito mais centralizada no objetivo da arte e no significado da mesma do que propriamente na beleza estética, exterior e "inútil" da peça.
É também uma arte muito virada para as artes performativas e para as artes sensiveis, que pretendem DIZER ALGO e CHEGAR A ALGO.
Com o objetivo de nos basearmos nesta mesma arte e neste "paradigma", foi nos apresentada uma segunda fase: fazer e produzir alguma coisa com algum propósito (com o nosso propósito) e com o nosso objeto.
Decidi de imediato fazer uma instalação visto que liguei esta forma de apresentação a uma forma muito performativa, muito pessoal e com capacidades extraordinárias de chegar a algo e a alguém.
O paradigma do meu trabalho é fazer com que esteja explicita uma contradição e uma oposição de um objeto fisico e material em relação a uma "projeção", deformada ou não, que pode transmitir uma realidade, realidade esta que está inserida num leque extenso de infinitas realidades.
Para isto, utilizo o meu ÁTOMO colocado sobre um retro projetor (objeto que permite projetar sobras e transparências) e na parede em frente, um acetato com uma projeção de um sólido em axonometria, com o ojetivo de mostrar este leque enorme de sentidos e de visões que conseguimos ter em relação a apenas um "simples" objeto. A minha segunda interpretação desta instalação foi o facto de o meu objeto me remeter a um átomo, logo a uma coisa que é a base de tudo, e que a partir da mesma é possivel criar tudo, logo qualquer projeção é legitima. Em terceiro lugar, o facto de um retro projetor projetar TRANPARÊNCIAS e SOMBRAS de um objeto, pode ligar-nos ao facto de nos permitir ver as "ilusões" e deformações do objeto (sombras) e, ao mesmo tempo, ver o interior (o para além do mais visivel) através das transparências.
aqui meto algumas fotos da montagem da instalação:
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