novembro 11, 2025

Natureza morta identitária | Mariana Sousa 12⁰F - «EU»

Neste trabalho escolhi o artista Alphonse Mucha, um dos grandes artistas do movimento Art Nouveau. Aprecio a forma como ele combina elementos naturais com composições decorativas e equilibradas. As suas obras têm linhas curvas e orgânicas, padrões florais e uma sensação de harmonia que procurei trazer também para o meu trabalho.
A minha natureza morta representa coisas que me definem e interesses meus. Mostrando o meu interesse pelo desenho através de uma caneta, e o meu gosto pela fotografia através da câmara, mostra também o meu gosto pela cultura asiática através da representação da garrafa de uma bebida japonesa. Por fim escolhi representar uma flor de lego para mostrar a minha personalidade, através da paciência, perseverança e delicadeza que a flor e os legos transmitem, e o íman, que liga o eu com os Açores, que apesar de ser um íman génerico de turista, representa a minha relação pois é um iman desbotado, simbolisando que apesar de eu não ser natural dos Açores, o meu "eu" turista já não existe pois estou relacionada com o arquipélago.


Na minha peça final procurei criar uma composição centralizada e equilibrada, semelhante às que Mucha fazia. O círculo decorativo no fundo, os motivos florais e as curvas ornamentais são uma referência direta ao seu estilo. Além disso, usei cores suaves e translúcidas, como amarelos, lilases e verdes claros, para manter a mesma leveza e delicadeza que vejo nas suas obras.



Os estudos de composição ajudaram-me a explorar diferentes formas de organizar os elementos principais (a planta, a garrafa, a máquina fotográfica, a caneta e o íman). Testei várias posições e combinações até encontrar uma que transmitisse equilíbrio visual e fluidez, tal como Mucha fazia ao planear as suas composições.
Nos testes de cor, experimentei várias cores até encontrar uma paleta que fosse harmoniosa. Optei por tons frios e quentes que se equilibram entre si, criando contraste, mas mantendo a suavidade que queria alcançar.

Por fim, sinto que consegui unir a minha auto representação através da natureza morta identitária e o estilo artístico de Mucha — criando uma composição equilibrada e com uma atmosfera leve e orgânica, inspirada na estética do Art Nouveau.

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